Gordos assassinos

Lucio Luiz
@lucioluiz

Publicado em 10 de fevereiro de 2010

Gordo de Raiz, por Lucio Luiz

Gordo assassino!Obesidade mata! Sim, caro gordinho, obesidade realmente mata… os outros. Afinal, depois que descobrimos que foi divulgado mundialmente que uma mulher de 136 kg matou o namorado de apenas 54 kg ao sentar nele, a única conclusão a que podemos chegar é que os gordos são um perigo para a humanidade!

Se não, vejamos a história macabra (vale o registro de que eu apimentei a história e inventei umas coisinhas aqui e ali – essa é uma coluna de humor, não uma matéria jornalística, OK?):

Mia Landingham, uma típica dona de casa norte-americana (por típica, entendamos um excesso caprichado de quilos distribuídos por seu corpinho) era casada com Mikal Middelston-Bey, um rapaz magrelo que se amarrava numas carnes a mais e com quem tinha três filhos.

Mikal gostava muito de sua gordinha, mas Mia costumava reclamar que, afinal, queria ficar por cima pelo menos uma vezinha. Nem de ladinho seu marido deixava. Coitado, por mais que se esforçasse, agia tal qual desbravador para satisfazer sua digníssima esposa.

Tirando essas questões de cunho íntimo (citadas só para dar um tchan na história), o casal vivia em harmonia na maior parte do tempo. Mas, um dia, Mia foi impregnada por uma necessidade premente de ser mais romântica que o normal com seu maridozinho e sentou no colinho do fofo, apesar dos protestos veementes de Mikal.

Smash!

Mia, horrorizada, viu que seu gesto de amor tornou-se um gesto de terror! Mikal, outrora tão tridimensional, havia adquirido o formato de uma folha de papel. Só não pode-se dizer que morreu igual uma formiga esmagada porque as formigas aguentam várias vezes seu próprio peso.

“Foi sem querer! Foi sem querer!”, Mia repetia aos pratos. Mas foi em vão. Levaram-na a julgamento. Foi condenada a três anos de liberdade condicional e 100 horas de serviço comunitário.

Porém – ai, porém – um grupo de magros ligados à família de Mikal se reuniu secretamente e resolveu que ela continuava sendo uma ameaça à sociedade! Criaram a AGA (Abaixo os Gordinhos Assassinos) e começaram a chacinar todo mundo acima de 100 quilos. Agora eram eles ou nós!

Os gordos logo de organizaram (depois do almoço, claro) e iniciaram uma luta feroz. Tal qual kamikazes, se jogavam do alto de prédios para matar o maior número possível de magros. Se eles queriam guerra, teriam guerra!

E essa ferocidade durou várias décadas, se expandindo por vários países até tomar todos os continentes. Magros tentavam matar gordos de fome. Gordos apelavam para o canibalismo para se manter vivos. Churrascarias eram destruídas por uns, academias eram incendiadas por outros.

Depois de longas e tenebrosas batalhas, quase toda a humanidade pereceu. Só restaram duas pessoas: Adão da Silva, um jovem magrelo que nunca havia conhecido um mundo sem guerra, e Eva Horga, uma gordinha que não parava de comer para compensar o sofrimento causado pela morte de seus pais.

Adão e Eva se conheceram. Após um estranhamento inicial (e como era de se esperar numa história com esse desenrolar), se apaixonaram. Entenderam que sua aproximação era a única chance da humanidade voltar a existir. Um novo mundo, sem guerra entre gordos e magros. Um mundo fundado na filosofia do amor.

Olharam-se nos olhos e se abraçaram. Pena que Eva tropeçou e esmagou Adão. Pelo menos deu pra fazer uma panqueca gostosinha.

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5 respostas para “Gordos assassinos”

  1. Cacete Lúcio, vc ou tem uma imaginação feroz, ou vc é uma bixa gorda psicopata. Que história de loco, to rindo alto aqui xD

    Tomara que vc não pule de um prédio em cima de mim por causa desse comentário, ehaushua

  2. Control+JR disse:

    Mas os gordos são assassinos mesmo, taí o E.Honda que não deixa mentir.

  3. Carolina disse:

    Mas e a humanidade…

  4. Adriana disse:

    Texto fraco. Não deu pra rir, não deu pra achar interessante, enfim… não faria falta.

  5. A gordinha disse:

    Adorei seu site. Voltarei sempre!
    Encontrei buscando alguma notícia sobre aquela balada só para fats nos EUA, adorei tua resenha…

    beijos

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