Depois da barriga devidamete raspada, tive que tomar um banho com sabão neutro, colocar o roupão do hospital e calçar as meias de lycra. Segundo o médico a intenção dessas meias é evitar trombose, por isso já fiz a cirurgia com elas e devo usá-las por mais quinze dias no pós-operatório.
Minha prima e seu namorido (ambos operados) ficaram no hospital batendo papo comigo e com a minha mãe. A cirurgia estava marcada pras 13 horas, mas como demorou muito pra me levarem ao centro cirúrgico e as pessoas costumam trabalhar numa terça-feira à tarde, eu e minha mãe acabamos ficando sozinhos de novo.
Na hora que vieram me buscar a gente estava rindo e conversando sobre bobagens. Continuamos falando besteiras enquanto me preparavam para subir na maca. Minha mãe foi nos acompanhando pelos corredores, sempre com um sorriso no rosto. Mas a cada metro que a maca andava o sorriso nos lábios dela ia diminuindo, até que seus olhos se encheram de lágrimas quando estávamos em frente ao centro cirúrgico.
– Não vai chorar de novo dessa vez*, né, véia? – disse com um sorriso provocador.
– Não. – respondeu ela com a voz embargada e limpando as lágrimas dos olhos.
Quando entrei no centro cirúrgico já estava sozinho. Fui levado para uma sala onde os pacientes ficam se recuperando da cirurgia ou se preparando antes de cair na faca. Fiquei mais de meia hora lá. Ouvindo pacientes acordando e reclamando de frio ou dor, acompanhando o trabalho das enfermeiras tentando acalmá-los. Estava há tanto tempo naquela posição incômoda que não aguentava mais ficar deitado. Sentei na maca um pouco e perguntei a uma das enfermeiras se poderia ficar em pé para esticar a coluna. Ela permitiu, desde que eu ficasse ao lado da minha maca.
Nesse momento pensei seriamente se estava fazendo a coisa certa. Me imaginei levantando daquela maca e correndo pelos corredores do hospital feito um louco, usando apenas aquele camisolão que deixa a bunda descoberta. Achei melhor não fazer isso. Já tinha ido até ali, não fazia mais sentido voltar atrás.
Uma sensação de tranquilidade se abateu sobre mim, uma certeza de que tudo ficaria bem. Então relaxei e fiquei apenas esperando a minha vez.
FIM DA PARTE II
* Quando me operei de vesícula minha mãe estava sozinha comigo e também chorou quando entrei no centro cirúrgico.
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TENHO QUE FAZER ESTA CIRUGIA ,POREM TENHO MUITO MEDO
O QUE VC DIZ A RESPEITO DA SUA?
SERA QUE VOU SEGUI NA RISCA AS DETERMINAÇÕES MEDICAS ,TENHO MUITO MEDO, SO PEÇO A DEUS QUE TENHA MISERICORDIAS DE MIM,MAS COMO ESTOU NÃO POSSO FICAR, NE VERDADE SO PEÇO A DEUS QUE ME PROTEJA E TOME AS MÕAS DO MEDICOS EM SUAS MAÕAS.
BOA SORTE PRA VC.
ABRAÇOS
NILZETE