Hoje é o aniversário de dois grandes (nem tanto) amigos meus. Mas este não é o único motivo que me leva a celebrar o oito de janeiro. Há exatamente um ano atrás eu passei pela cirurgia de redução do estômago e a minha vida mudou completamente.
Ainda lembro da ansiedade que tomava conta de mim há 365 dias. Recordo-me claramente do que senti, falei, pensei e fiz naquele dia. Lembro inclusive de acordar brigando com a enfermeira pra ela me levar de volta pro quarto porque não queria perder a estréia do Big Brother Brasil… sim, eu sei, sou um caso perdido.
Não vou fazer aqui mais um texto de lembranças, se querem saber como foram àqueles dias pra mim, é só dar uma olhada nos posts de janeiro do ano passado. O motivo pelo qual escrevo agora é para contar o que mudou desde a minha cirurgia. Em meu post sobre 2008 fiz um relato amplo sobre tudo de bom e ruim que aconteceu no ano que acaba de se encerrar, agora farei algo mais específico sobre a operação.
Até o momento em que escrevo este post já perdi 53 kg e não sinto a menor falta deles. Com o peso menor descobri que consigo subir a minha rua sem botar os bofes pra fora. Percebi também que o sexo se tornou muito mais prazeroso e bem menos trabalhoso.
Mas esses quilos perdidos ainda trouxeram outras coisas boas, as minhas crises crônicas de asma diminuíram e, ao final de um dia inteiro dando aula de pé, meus tornozelos não ficam mais tão inchados quanto um maldito baiacu.
Depois da cirurgia resolvi mudar meus hábitos alimentares. Aprendi a gostar de saladas, perdi o nojo que sentia de aveia e barras de cereal, e até mesmo redescobri o prazer de comer frutas. Ainda não tolero verduras, mas aí também já seria pedir demais!
No último ano tratei de escolher melhor o que comer e a mastigar muito os alimentos. Aumentei o tempo que levo em cada refeição e talvez seja por esse motivo que acabei sofrendo bem menos do que outros “colegas de grampo”. Em todo esse tempo jamais vomitei, entalei uma única vez e tive apenas dumpings leves.
É claro que nem tudo foram flores. Durante o último ano perdi muito cabelo e, mesmo com a queda tendo chegado ao seu fim, é inegável que fiquei mais careca do que antes.
Como meu corpo já não consegue mais absorver as vitaminas como antigamente, agora o Centrum virou meu companheiro inseparável. Já faz parte da minha rotina tomar um comprimido todos os dias antes do café da manhã.
Percebi que, mesmo com pouco tempo de operado, ainda posso engordar. Quando fui para São Paulo em abril do ano passado, comi tanta bobagem por lá que voltei cinco quilos mais gordo. Tá certo que perdi esse peso rapidamente, mas não é esse o ponto em questão.
Passei o ano inteiro dizendo que começaria a malhar e inventando desculpas dia após dia para adiar isso o máximo possível. Agora essa enrolação terá de parar, nos últimos dois meses parei de perder peso – e até ganhei uns dois quilinhos nas festas de fim de ano. A única forma de continuar rumo à minha meta é suando a camisa, literalmente.
Um ano depois da cirurgia aprendi muito sobre mim e sobre meu novo corpo. Eu não sou o mesmo cara que entrou naquele centro cirúrgico há 365 dias atrás. Sou uma versão menor, mais ágil, mais leve e mais saudável. Só a cara de pau e o senso de humor que continuam iguais.
A essa altura do campeonato vocês já devem estar de saco cheio de ler um texto tão grande assim e se perguntando onde estão as fotos do “antes e depois”, não é? Então tá, divirtam-se.
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Oi Andrea e dau como esta passando, como foi sua cirurgia, pretendo fazer mas estou com muito medo, bjs
[…] de 2008 ou então procurando pela tag “gastroplastia”. Em janeiro passado falei sobre o meu primeiro ano sem estômago, agora tá na hora de contar o que aconteceu depois […]