Publicado em 17 de março de 2009
Se pensarmos que o número de cirurgias bariátricas “particulares” ou via plano de saúde realizadas anualmente em nosso país é infinitamente maior que aquelas feitas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), então… é oficial. Se continuar nessa progressão, daqui a alguns anos, os gordos serão extintos!
Acompanhe os dados trazidos por um levantamento do Ministério da Saúde:
Em 2001, quando a cirurgia bariátrica (também conhecida como redução de estômago) passou a ser realizado pelo SUS, foram feitos 497 procedimentos, a um custo de R$ 1,237 milhão. Já, em 2008, esse número pulou para 3.195 cirurgias, que custaram R$ 15,736 milhões aos cofres públicos. Dinheiro muito bem empregado, diga-se de passagem.
Em outras palavras, a oferta de cirurgias bariátricas nos hospitais vinculados à rede pública aumentou 542%. Já o investimento cresceu 1.765%. Outra boa notícia, ainda segundo os dados publicados pelo Ministério da Saúde: também aumentou a quantidade de estabelecimentos habilitados para realizar a operação. Em 2001, eram apenas 18. Hoje, são 58 unidades espalhadas pelo Brasil.
A parte ruim disso tudo é que a redução de estômago é um procedimento extremo no combate à obesidade. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica publicados na mídia, estima-se que nosso país tenha 3,73 milhões de obesos mórbidos. Muitos deles já encontram-se em programas de emagrecimento, sendo tratados por equipes multidisciplinares, com dietas e a indicação de atividades físicas. Porém, nem todos conseguem obter resultados positivos e recorrem à operação.
Atenção para os critérios do Ministério da Saúde para recomendar a cirurgia bariátrica:
a) IMC (Índice de Massa Corporal) – razão entre o peso e o quadrado da altura – é maior que 40kg/m², em pessoas maiores de 18 anos, de qualquer sexo.
b) Caso o paciente apresente hipertensão arterial, diabetes, hérnia de disco, apnéia do sono ou outras doenças associadas, desde que não haja distúrbios psiquiátricos, também pode ser realizada se o IMC estiver entre 35kg/m² e 40kg/m².
c) Quando o indivíduo vem ganhando peso nos últimos cinco anos, sem resposta satisfatória a tratamentos convencionais e apresente obesidade mórbida.
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Saiba mais sobre este assunto:
Total de cirurgias de redução de estômago sobe 542%
Portarias que regulamentam a realização de cirurgias bariátricas pelo SUS: GM nº 1.570, SAS nº 492 e 493, ambas de 31 de agosto de 2007.
Lista dos Centros Nacionais de Cirurgia Bariátrica
Agora existe ex-gordo, té parece… Até parece que mesmo depois das dietas e cirurgias não sobram resquicios psicológicos de que não passar entre dois carros ou mesmo na roleta dos onibus…
Achei muito interessante estes numeros, mas esta reportagem deveria ser mais completa, pois nunca são informados os numeros referente a falecimentos devido a este procedimento e tambem que 52%* da pessoas que fizeram esta cirurgia voltaram a engordar em dois anos.
*Dados da revista saude
Até onde sou informado, essas cirurgias são recomendadas apenas para obesos mórbidos.. ou seja, pessoas com risco de morrer em decorrência ao peso…
E tem outra coisa… Aumentam as cirurgias mas aumenta-se o número de obesos tambem…