Publicado em 25 de junho de 2009
O pessoal do Sul e Sudeste brasileiro costuma ter uma imagem bem forte ao pensar nas festas juninas do Nordeste: um sanfoneiro feliz da vida tocando um forró gostoso. Não é de se admirar esse tipo de referência, já o pioneiro na divulgação do gênero musical no eixo Rio-São Paulo foi Luiz Gonzaga do Nascimento, sempre com sua vestimenta típica.
Só que o forró vai muito além do estereótipo do nordestino com chapéu de cangaceiro e uma sanfona a tiracolo. O termo sequer era originalmente usado para definir um gênero musical. E não, não é verdade que “forró” vem de uma pronúncia errada de “for all”. Isso é só uma historinha maluca que muita gente repete pra pagar de intelectual.
História do forró
No distante passado, havia em muitas cidades nordestinas os chamados “forrobodós”, que eram, segundo o pesquisador Câmara Cascudo, “bailes ordinários e sem etiqueta”, também conhecidos como arrasta-pé, bate-chinela ou fobó. Nesses bailes, tocava tudo quanto era música regional, como baião, coco, xaxado, xote, entre outras, sempre ao som de uma sanfona de oito baixos. Forró é, como deu para deduzir, corruptela de “forrobodó”.
Quando começou a migração de grande número de nordestinos para o sul do país, começaram a surgir várias casas de forró nas periferias das capitais. No início, eram para a diversão dos nordestinos que buscavam uma vida melhor longe de casa. Depois de um tempo, acabou virando moda entre os jovens mais abastados (ou “abestados”, dependendo do ponto de vista).
Luiz Gonzaga provavelmente foi o primeiro cantor a registrar o termo “forró” em disco, com o Forró de Mané Vito, escrito com Zé Dantas em 1949. Diversos compositores foram surgindo nas décadas seguintes, com sucesso que são regravados até hoje em dia por cantores e grupos dos mais variados gêneros musicais.
Hoje em dia, as cidades de Caruaru (Pernambuco) e Campina Grande (Paraíba) disputam o título de capital do forró todo ano durante as festas juninas. Mas isso é assunto para outra hora.
Dançando
O forró, além de gostoso de ouvir, é muito bom para dançar. Existem dois “estilos”, normalmente chamados de forró nordestino (o tradicional, encontrado principalmente nas casas de forró do Nordeste) e forró universitário (que tem mais evoluções e costuma ser o preferido nas aulas de dança de salão do Sul e Sudeste).
O forró nordestino tem mais sensualidade, com o casal dançando bem juntinho. Já o forró universitário mantém essa característica em boa parte dos passos, mas também incorporou elementos de outras danças e diversas figuras abertas (aqueles passos em que o casal não está necessariamente “agarradinho”).
Como o forró não é exatamente um gênero musical, mas a união de vários gêneros, é possível dançar de forma lenta (ao som do xote, por exemplo) ou mais rápido (arrasta-pé, baião e coco, para citar alguns). O importante é que, lento ou rápido, o gordinho que vai dançar forró deve sempre lembrar de caprichar no desodorante, já que fatalmente vai suar em bicas.
Podemos ver um exemplo no vídeo abaixo:
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Para conhecer um pouco mais sobre a história do forró e ver uma lista dos mais importantes forrozeiros, clique aqui.
Perfeito! Muito bom mesmo!
É…o único problema do seu post é que não deveria usar como exemplo esse misto de dança de discoteca (veja o video)com passos modernos de lambada como exemplo de dançar forró! Nada a ver! Isso é o que se chama hoje (inapropriadamente) de "forró universitário". fazendo alusão a um tipo de dança usada no meio acadêmico!!!!??? sei lá o quê. O forró dançado aqui no nordeste está muito longe dessas piruetas e trijeitos! É agarradinho; coladinho. Xote; Baião; Xaxado; côco e pé de serra. Esse video exemplo além de estigmatizar… esgota e reduz o ato de dançar forró desse jeito estranho e idiota!
Denilson, não sei se você leu o post, mas lá está explicada a diferença entre as duas formas de dançar o forró: a nordestina e a universitária.
Portanto, o vídeo é válido, já que demonstra o estilo que é usado nas aulas de dança de salão, sem fazer nenhum juízo de valor sobre qual é melhor.
As duas maneiras de se dançar o forró têm seu reconhecimento, sem uma invalidar a outra. Exatamente como está no post. Pode ler.
Com certeza Campina Grande faz o melhor e maior São João do Mundo.
Tem certeza ' R.Pontes ? o.o'
muito obrigado viu
valeu
tem uma pergunta:
alguém pode me enviar e até mesmo tentar explicar como se dançava o forró a 40 anos atrás?
Qual a diferença entre forró e Baião?
poderia me enviar um vídeo dizendo a diferença de se dançar um baião e um forró?
ficarei no aguardo.
gostei muito desse site!
tem tudo o que eu queria, apesar que eu queria mais um pouco da historia do forró!
mas mesmo assim, muito obrigado por ter me ajudado nesse trabalho.
bjossssssssssss!
tata!