Quarta Sem Alface
Publicado em 21 de outubro de 2009
Sexta-feira Santa é um dia sem carne. Ao menos para os católicos. Para ser mais exato, só para os católicos mais fervorosos. E ainda assim é “sem carne” em termos, já que o problema é com a carne vermelha (os peixinhos que se danem). Devo admitir, portanto, minha ignorância ao achar que esse era o único dia no ano com alguma espécie de restrição alimentar carnívora (não pra mim, que sempre encarava um churrasco no feriadão só de implicância).
Porém, meus caros amigos, existe a “Segunda Sem Carne”. E o que só reforça meu desconhecimento: Ela foi criada nos Estados Unidos em 2003 e foi trazida para o Brasil no início de outubro. Tudo bem que um dia no qual não se come nenhum tipo de carne (incluindo os peixinhos) não ia mesmo me chamar atenção, mas se até a Marisa Monte apoia a campanha, fica difícil não querer se informar melhor a respeito.
E antes que alguém pense que a tal “segunda” refere-se a uma data específica, a campanha fala sobre todas as segundas-feiras do ano. Todas! Pois é, amiguinho, quem adere à campanha (Yoko Ono, por exemplo) fica durante as 24 horas de cada segunda-feira sem comer carne de vaca, galinha, porco, peixe e nem churrasquinho de gato. Não tenho ideia do que sobra, mas não me parece muito promissor…
Diante disso, venho propor uma ação associada à Segunda Sem Carne: A “Quarta Sem Alface”! Eu sei que nenhuma instituição de saúde apoiaria isso, mas estou pensando realmente nos milhares de gordos de raiz que querem um diazinho ao menos livre das imposições alimentares saudáveis de suas namoradas, esposas e congêneres. Ao menos um dia por semana ninguém perturbaria os pobres fominhas enchendo seus pratos com verduras, legumes e outras coisas do tipo (sim, o “alface” do título da campanha é apenas uma denominação genérica para toda essa alimentação vegetariana).
Vamos lá, gordos de raiz do meu Brasil e, quiçá, do mundo! Vamos aderir à campanha “Quarta Sem Alface” e libertar os carnívoros, ao menos por um dia, da violência cometida contra seus paladares sensíveis com a imposição de grama e coisas cruas em seu prato tão lindamente composto por um bifão mal passado sangrando!
Quem quiser participar, é só colocar a imagem abaixo em seu site ou blog (de preferência com um link para esse post, claro):
Quem nao quiser comer carne, ainda resta bolos, pães, doces… eu ia gostar! =D
Aaahh desculpa aí amigo, eu sou uma GORDA de raiz, mas quarta é dia de Feijuca, e tem que ser completa, isto inclue aquela couvinha refogada com muito bacon. Então não posso aderir à Campanha.
Simone, o motivo é nobre, então a gente finge que não vê a couve :)
Heeeeeeeeeeeei!
A segunda feira sem carne não é motivada por razões de saúde ligadas a obesidade. A campanha visa a diminuição do consumo de carne por causa do meio ambiente. Produzir a quantidade de carne que consumimos atualmente demanda uma grande quantidade de alimentos, águas, campos, etc, ou seja, um verdadeiro atentado contra a natureza, já que interfere em problemas que vão da escassez da água até o aquecimento global.
Bola fora esse post…
Tem gente que não entende o conceito de paródia e nem lê um texto antes de comentá-lo, afirmando que estão escritas coisas que não foram colocadas.
Ninguém falou que a Segunda Sem Carne é por causa da obesidade, Maria. Isso não está no texto. Mas, de qualquer forma, se você entrar no site da campanha eles falam do meio ambiente e TAMBÉM de saúde.
Além disso, se eu fosse contra a Segunda Sem Carne não haveria três links para o assunto no post.
PS: E mesmo esses argumentos relativos ao meio ambiente são refutados por vários especialistas, mas como esse é um post de humor e não de notícia séria, deixo para que as pessoas interessadas no assunto pesquisem pelo assunto na internet.
AHAHAHAHAHAHAHAHA…boa mesmo ia ser uma vida inteira sem alface!!!!
Eu entendo o motivo porque as pessoas se recusam a ficar sem carne. Eu mesmo comi carne até os 30 anos. É preciso um motivo muito forte para deixar de comer carne.
Aqui vão alguns motivos porque eu deixei de comer carne:
– Redução das mortes por infarto (doença cardíaca isquêmica) em 31% em homens vegetarianos e 20% em mulheres vegetarianas (estudo com 76 mil indivíduos).
– Comparando a mortalidade por doenças cardíacas entre vegetarianos e semivegetarianos (no estudo considerado como consumidor de peixe ou carne 1 vez por semana), a mortalidade também é menor em vegetarianos.
– Níveis sangüíneos de colesterol 14% mais baixos em ovo-lacto-vegetarianos do que nos comedores de carne.
– Níveis sangüíneos de colesterol 35% mais baixos em veganos do que nos comedores de carne.
– Menor pressão arterial (redução de 5 a 10 mmHg) nos vegetarianos.
– Redução de até 50% do risco de apresentar diverticulite nos vegetarianos.
– Redução de até 50% do risco de apresentar diabetes nos vegetarianos.
– Probabilidade duas vezes menor de apresentar pedras na vesícula nas mulheres vegetarianas (estudo com 800 mulheres entre 40 e 69 anos).
– Os não vegetarianos têm um risco 54% maior de ter câncer de próstata.
– Os não vegetarianos têm um risco 88 % maior de ter câncer de intestino grosso (cólon e reto). Obs – a carne vermelha ou branca está vinculada (de forma independente) com o risco aumentado de câncer de intestino grosso.
– Redução da incidência de obesidade, um problema mundialmente preocupante.
– Osteoporose: mulheres após a menopausa com dieta rica em proteína animal e pobre em proteína vegetal têm taxa mais alta de perda óssea e risco muito maior de ter fratura de quadril. Obs- Ainda não podemos afirmar que a dieta vegetariana protege da osteoporose.
– Pelo menor teor de proteínas e por melhorar os lipídios sangüíneos, a dieta vegetariana pode ser benéfica para os que sofrem de doença renal (principalmente os que não fazem diálise e apresentam diurese).
– Aparentemente, o consumo de carne aumenta em até 3 vezes as chances de desenvolver demência cerebral.
– Aparentemente, uma dieta vegetariana sem derivados animais e com predominância de alimentos crus reduz os sintomas de fibromialgia.
fonte: (American Dietetic Association)