Publicado em 28 de outubro de 2009
Todos já estão acostumados a ouvir que determinados animais estão em risco de extinção. Afinal, o que não falta são instituições voltadas à preservação da vida animal. Mas você sabia que alimentos também podem ser extintos?
A lógica é simples: Há determinados alimentos que são produzidos de maneira muito específica por determinados povos. Às vezes, a quantidade de pessoas que sabe produzir aquele tipo de alimento vai se reduzindo até não sobrar mais ninguém que saiba a receita original ou o modo de preparo. Está aí a “extinção”.
Preocupada com isso, a Slow Food Foundation criou a “Ark of Taste” (“Arca do Gosto“), uma espécie de catálogo online de alimentos que estão correndo o risco de desaparecer. A Slow Food Foundation é uma instituição criada em 2003 na Itália com a finalidade de defender a biodiversidade alimentar e tradições gastronômicas em todo o mundo e é ligada ao movimento Slow Food, surgido em 1989.
A lista da Arca do Gosto conta com dezenas de produtos de todos os cantos do mundo, incluindo 13 brasileiros (cuja relação pode ser encotrada no site da filial brasileira da Slow Food Foundation). Um exemplo é a Marmelada de Santa Luzia, doce feito na região de Luziania, Goiás, que usa uma variedade do marmelo português.
Há cinco características que fazem com que um alimento seja incluído na lista: O produto deve ter característica ou sabor muito particular; é preciso que haja ligação com o território e a memória da população onde é produzido; precisa ser produzido de modo sustentável; deve ser feito em quantidade limitada por pequenos produtores; e, por fim, deve haver algum risco de extinção. Uma comissão formada por cientistas, agrônomos, gastrônomos e jornalistas decide quais alimentos podem entrar na lista.
Como é apenas um catálogo, a Arca do Gosto sozinha não ajudaria na preservação desses alimentos em extinção. Por isso foi criado também o projeto das Fortalezas (Presidia). No Brasil, há nove delas, que envolvem desde o trabalho de produção até a promoção dos alimentos.
A Fortaleza do Umbu, por exemplo, está presente nos municípios baianos de Uauá, Curaçá e Canudos e é formada pela Cooperativa Coopercuc, que tem 59 membros-produtores que recolhem o umbu das comunidades locais e o transformam em produtos. Entre suas realizações está a construção de minifábricas que completam os primeiros estágios de processamento da fruta.
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Fonte:
Alimentos que correm risco de extinção
“extinção”. eiiiitta palavrinha FORTE!!!
Acredito que a perda da cultura regional, que esta sedno substituida pela globolizacao eh o principal fator para
a suposta extincao de alimentos, musicas, tecnicas artesanais
etc…, mais uma vex fica registrada a importancia dos historiadores e sociologos pata registrar e manter vivos estes
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