Publicado em 11 de dezembro de 2009
Me chame de brega se quiser, mas eu sou fã de Roberto Carlos.
Não sei exatamente quando ouvi uma música do “Rei” pela primeira vez, mas tenho certeza que foi por influência dos meus pais. Lembro de crescer escutando os versos de clássicos como “Caminhoneiro” e “Detalhes”, e de assistir na Sessão da Tarde os filmes estrelados por Roberto e seus amigos: Erasmo Carlos e Wanderléa. Eram os loucos anos 80, e Robertão já era um ícone…
Roberto Carlos usa mullets, canta todas as músicas no mesmo tom (não importa se é rock ou ópera), é cheio de manias (na verdade ele sofre de TOC, transtorno obsessivo-compulsivo), tem um jeito próprio de falar (não é, bicho?) e é um romântico à moda antiga. Não tem como não ser fã desse cara!
Na semana passada realizei um sonho antigo, fui assistir a um show do Rei. Apesar da apresentação do cantor estar marcada há muito tempo, a minha ida foi decidida apenas na última hora. Dona Maira Moraes conseguiu convites pra gente ficar na décima fileira. Estávamos tão perto, que se Roberto espirrasse, eu seria a pessoa que diria saúde.
Odeio aglomerações, não tolero trânsito e evito sair de casa sem necessidade, mas estava disposto a deixar isso tudo de lado. Ficar algumas horas preso em congestionamentos, entrar num estádio lotado e andar muito até chegar ao meu lugar me parecia um preço justo para ver Roberto Carlos.
Quando o show começou, ficou claro que não chamam o sujeito de Rei à toa. Sua presença no palco contagiava todos no estádio. Quando ele sorria, todos sorriam juntos. Quando ele cantava, todos cantavam juntos.
Apesar de não ser um especialista no assunto, afinal assisti à poucos shows em minha vida, percebi que as apresentações de Roberto têm um ritmo diferente. É como se cada música fosse um show à parte. Sempre que ele acabava de cantar um dos seus muitos clássicos, as luzes se apagavam e a banda parava de tocar. Então, o Rei bebia um pouco d’água, o maestro dava a ordem, e começava tudo de novo.
Cada gesto de Roberto, bem como suas interações com a platéia, pareciam ensaiados à exaustão, mas não soavam forçados. O Rei conduzia o público, dizia a coisa certa para provocar risos, suspiros ou gargalhadas.
O pedestal do microfone era seu companheiro inseparável. Em alguns momentos parecia que Roberto Carlos estava dançando com ele, usando-o para representar todas as fãs que adorariam estar ali, no palco, ao lado dele.
E eram muitas fãs. Várias senhorinhas, que já haviam passado dos 50 há muito tempo, com roupas chiques e sapatos de salto alto. Algumas com aparência humilde e que devem ter usado o seu décimo terceiro para ter a chance de ficar mais perto do Rei.
Surpreendentemente, os jovens também ocupavam seu espaço. E quando me refiro à jovens, estou falando da galera com menos de 30 (afinal tenho 33 e já me considero velho). Mesmo com cinquenta anos de carreira, Roberto Carlos continua conquistando a juventude.
As pessoas se comportaram bem durante a maior parte do espetáculo. Todos cantavam, balançavam os braços, mas se mantinham sentados em seus lugares. Porém, à medida que o show se aproximava do fim, os corredores começaram a ficar movimentados pois estava na hora do encerramento clássico: atirar rosas para o público ao som de “Jesus Cristo”. Quando percebi isso, infelizmente, já era tarde demais pra conseguir chegar na frente do palco, então fiquei em meu canto, dançando com dona Maira Moraes.
Não sei dizer quantas músicas foram tocadas e nem quanto tempo durou o show, mas quando acabou, certamente eu queria mais. Me chame de brega se quiser, mas vou continuar sendo fã de Roberto Carlos.
BREGA! – Foi você que pediu no primeiro parágrafo.
HAHAHAHA
Brincadeira a parte, é emocionante ver um show que GOSTAMOS. Se dedicar a horas em fila, estresse para comprar ingresso, multidão, mas na hora que as luzes se apagam, o preço é exatamente o que você queria: ter sei ídolo ali na frente.
E finalmente, levou Dona Maira para dançar!!! Aeeeeee
Guenta aí.
Eu li isso direito!?
Finalmente o Sr. Professor Dudu Sales dançou com a senhora Maira Moraes????
Corrão para debaixo das mesas, das camas, dos vãos das portas!
Os céus vão cair a qualquer momento!!
Pelo jeito Dona Maira Moraes sentiu mais uma emoção ao dançar com senhor :D
Eu fui a um show do Roberto Carlos "no susto" há uns anos. Foi em um estádio, bem pertinho da minha casa. Minha irmã disse que eram 10 reais a arquibancada e lá fomos nós, à pé.
Foi muito impressionante. O estádio lotado e homens, mulheres, crianças, idosos, adolescentes…todos enlouquecidos. Eu nunca fui fã de Roberto, mas achei super divertido.