Publicado em 08 de junho de 2010
De acordo com cientistas da Universidade Queen Mary de Londres em artigo publicado na Behavioural Ecology and Sociobiology (Ecologia e Sociobiologia Comportamental), as baratas trocam informações sobre a comida ou, em termos mais jocosos, batem um papo sobre a gororoba!
O líder da pesquisa, Dr. Mathieu Lihoreau, disse em entrevista à BBC que conhecemos pouco as baratas, já que, instintivamente, as matamos ao invés de estudá-las. Compreendendo e pensando na reversão deste quadro, Lihoreau conduziu esse estudo para melhor entendê-las.
É comum no meio científico considerar forte o individualismo no mundo dos insetos, mas qualquer um que já se aventurou nas madrugadas pelas cozinhas do mundo sabe que as baratas realmente andam juntas. Esse tipo de pensamento gerou uma hipótese: Se elas estão em grupo, contrariando a premissa do individualismo, de alguma maneira devem estar se comunicando.
Com base nisso, os cientistas resolveram estudar um grupo de baratas convencionais (Blattella germanica), que foi colocado em um ambiente com duas fontes de comida idênticas. Se elas não se comunicassem, iriam se distribuir igualmente pelas fontes de comida.
Porém, a grande maioria das baratas se alimentou de uma das fontes de comida até que a mesma acabasse. Estudando individualmente os insetos, verificou-se que, quanto mais baratas haviam em uma determinada porção de comida, mais tempo elas ficavam por lá até estarem alimentadas. Diante disso, Lihoreau afirmou: “Nós não sabemos exatamente como elas se comunicam, mas sabemos que usam sinais químicos. O próximo passo é descobrir quais sinais químicos elas estão usando”.
Lihoreau acredita que as baratas se comunicam por um “feromônio de busca de comida” que funcionaria de uma maneira simples: as baratas se tocam, percebem que existe outra barata se alimentando naquele local e permanecem por lá para se alimentarem também.
Uma vez identificado, esse “feromônio” pode ajudar na criação de pesticidas ou mesmo sinais químicos que enganem as baratas. Ou pelo menos tirem elas de nossas cozinhas.
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Fonte:
How cockroaches ‘talk’ about food
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Vivacqua acha que lugar de barata é no laboratório.
Puxa! eu nao poderia morrer sem esta informação kkk