Publicado em 17 de junho de 2010
Crianças de 8 a 13 anos de escolas públicas de várias cidades da Espanha participaram de uma pesquisa sobre seus dados dietéticos, de atividade física, antropométricos, bioquímicos e sócio-sanitários. As crianças foram separadas em dois grupos: os que consomem diariamente menos de 80g de pão e os que consomem mais do que essa quantidade.
O principal objetivo da pesquisa era avaliar os efeitos do consumo de pão na dieta das crianças. Com base nos dados colhidos, observou-se que quem consumia mais de 80g de pão por dia tinha menor sobrepeso e obesidade, menor IMC e melhores parâmetros sanguíneos de risco cardiovascular e controle de glicemia em relação aos que consumiam menos de 80g diários. Ou seja, aparentemente as crianças que comem mais pão são mais saudáveis e menos gordinhas.
O estudo, citado pelo jornal espanhol El País, foi conduzido por Rosa Maria Ortega, doutora em nutrição pela Universidade Complutense de Madri. Nas próprias palavras da pesquisadora, “os dados da pesquisa comprovam que as crianças que comem mais pão são mais magras e têm uma dieta mais equilibrada; o importante é que a dieta seja equilibrada”.
Ou seja: O consumo moderado de pão pode até não engordar, mas se você comer vinte pães franceses usando essa pesquisa como desculpa, é claro que vai ficar gordinho. Além de ter uma baita dor de barriga.
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Fonte:
Pesquisa comprova benefícios do pão para crianças
O Logan AMA "pãojinhu"! hihihi, esperto ele!
Eu sempre fico com um pé atrás quando a manchete aponta uma correlação direta entre duas coisas: "comer mais pão" e "ser mais saudável". Eu não tenho como afirmar sem ler o estudo, mas parece o típico caso de correlação indireta com uma variável não analisada. Um exemplo (não me atrevo a dizer que É o caso): pais mais atenciosos/com mais tempo tendem a comprar mais alimentos perecíveis (e frescos) do que alimentos processados que duram muito tempo. Como o pão é um destes alimentos perecíveis, a correlação aparece. Claro, a correlação existe, não duvido disso. Mas cuidado ao achar que há uma relação de causalidade entre as duas coisas.