Obesidade aumenta risco de fibromialgia em mulheres
Publicado em 18 de junho de 2010
Um estudo dos pesquisadores da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia indica que um elevado Índice de Massa Corpórea (IMC) e a falta de exercícios físicos podem estar associados ao desenvolvimento de fibromialgia.
Fibromialgia é uma síndrome dolorosa não-inflamatória, caracterizada por dores musculares difusas, fadiga, cansaço e dor em pontos dolorosos específicos sob pressão (os pontos podem ser verificados na imagem à direita).
No periódico Arthritis Care & Research, no qual o estudo liderado por Paul Mork foi publicado, eram apresentados os seguintes resultados: Mulheres que se exercitavam quatro vezes por semana apresentavam 29% menos riscos de desenvolver a doença. Quanto maior o IMC, maiores os riscos de ter fibromialgia no futuro.
Segundo o estudo, a redução do tônus muscular simpático – um dos responsáveis pelas batidas do coração – é um sintoma observado tanto em pacientes obesos quanto naqueles com fibromialgia. Essa é a hipótese que sustenta o estudo norueguês.
A relação direta entre IMC e fibromialgia ainda não foi explicada, mas existem alguns caminhos. Os estudos sugerem que as citoquinas (proteínas inflamatórias) e os problemas relacionados ao sistema hipotalâmico-pituitário-adrenal (HPA) podem ser a chave para tal relação.
O que os pesquisadores noruegueses alertam com esse estudo é que pessoas que praticam exercícios físicos regularmente estarão mais preparadas para combater doenças que atinjam o conjunto muscular-esquelético, como a fibromialgia.
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Fonte:
Obesidade aumenta o risco de fibromialgia em mulheres
Li a matéria, e não poderia deixar de dizer que questiono muito esse estudo.
Faço parte de uma pequena associação de fibromiálgicos, no Brasil, através de um site público, e existem inúmeras mulheres com o peso muito abaixo do normal. E aquelas que engordaram, como eu, foi logo após o uso de determinados medicamentos.
Ou seja, a obesidade não pode estar associada a maior frequencia de fibromialgia. Não justifica a falta de hormônios do humor e moderadores da dor, com o desiquilíbrio hormonal da massa corporal.
Basta ler um pouco, nos sites que temos aqui no Brasil, que são de máxima segurança e de credibilidade para chegar a mesma conclusão.
Com dor, fica ainda mais difícil o convencimento do paciente a exercitar-se. É uma árdua luta, mas que é preciso continuar.
Portanto, não dou minha opinião positiva quanto a esse artigo.
Sandra, de forma alguma discordo do seu comentário, ainda mais sendo fibromiálgica merece todo meu respeito pela luta que é o seu dia-a-dia.
Sei que o texto não foi meu, foi da Bruna Antunes, mas pelo que entendi o estudo não chegou a uma conclusão definitiva, apenas está (como quase todos os estudos sobre fibromialgia) atirando pra todo o lado tentando achar uma explicação melhor para etiopatologia da doença que ainda hoje é pouco conhecida. Também acho que o referido trabalho não foi feliz, mas tentou.
Quem sabe um dia a ciência evolui para a cura e prevenção dessa mazela tão crucificante para quem a possui.
Um abraço e continue comentando, sua opinião é muito importante para nós.
A Bruna me mostrou agora este texto que ela escreveu e eu tinha deixado escapar. Eu tenho fibromilagia e estou no meio de uma crise agora (até escrevi pra me sentir melhor (http://www.musicmoon.net/2010/10/e-mais.html)
Falei pra ela no IM algo que bate com o que a Sandra falou: "sim, exercício melhora a vida da gente. Também por causa do exercício em si, tipo, a coisa física toda. Mas principalmente, ao menos pra mim, por causa da sensação de ser capaz de fazer alguma coisa. Quando eu to em crise a principal sensação é que eu não sou capaz de nada por causa da dor."
É muito bizarro, porque é algo físico e psicológico ao mesmo tempo. E é meio "o ovo ou a galinha", porque vc não sabe se não consegue fazer exercício por causa da dor ou a dor é por não fazer exercício… Tipo, olha as afirmações do http://www.fibromialgia.com.br. Num momento, eles dizem:
"É considerada uma síndrome porque engloba uma série de manifestações clínicas como dor, fadiga, indisposição, distúrbios do sono."
Em outro momento, dizem:
"Apesar de não se saber o que causa a fibromialgia, (…) acredita-se que exista uma interação de fatores genéticos, neuroendócrinos, psicológicos e distúrbios do sono predispondo o indivíduo à fibromialgia."
Então essas coisas causam ou são trazidas pela fibromialgia? Não sei, só sei que é muito ruim :(
Mas entendo a colocação do Dr. Tapioca. É só uma pesquisa. Que bom que estão pesquisando. Tomara que descubram que não é crônico, hahahaha.
Ah, esqueci de dizer. Eu não sou obesa. Tenho meus quilinhos a mais, mas meu IMC é dentro da faixa "normal".