Publicado em 16 de julho de 2010
Quer mais uma preocupação ao consumir carnes? Se já não bastava escolher o corte mais magrinho e de boa procedência; no preparo evitar o óleo e ter cuidado com os molhos; agora temos que ficar de olho na temperatura durante o processo para que não haja problema.
Cientistas descobriram isso ao verificar que toxinas conhecidas como aminas heterocíclicas, criadas no processo de cozimento em altas temperaturas, estão associadas com alguns tipos de cânceres (colorretal, mama e estômago). Para tentar amenizar o problema, testaram formas de reduzir a concentração dessas substâncias nas carnes.
Acreditava-se que o melhor para diminuir a taxa de formação da toxina era marinar o alimento antes do preparo ao fogo (principalmente para cortes de músculo, normalmente usado nas carnes moídas). Agora surge outra possibilidade.
Um estudo publicado no Journal of Food Science demonstrou que o uso de alecrim pode diminuir em até 90% a formação dessas substâncias. A pesquisa utilizou extratos com diferentes concentrações da planta em porções de carne moída que foram cozidas a temperatura de 190 a 204ºC. Quanto maior a concentração do vegetal, menor era a quantidade de aminas heterocíclicas.
O efeito do alecrim foi atribuído aos ácidos antioxidantes de sua composição: rosmarínico, carnosol e carnósio. Essas substâncias já havia sido averiguadas em outro estudo, com base em uma receita caribenha. Agora, mais fundamentação apoia o uso do tempero.
Caso não queira usar o alecrim, existem outras possibilidades para diminuir a concentração da toxina. Um marinado de alho, cebola e limão (nessa ordem de eficácia) auxiliam na redução dessas substâncias.
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Fonte:
Alecrim reduz toxinas nas carnes grelhadas.
Churrasco? Reduza o seu risco de câncer.
Pois é.. precisaram fazer inúmeros e, talvez, caros estudos científicos pra chegar á conclusão que muitos cozinheiros já chegaram à séculos…