Vai um leitinho de vaca clonada aí?
Publicado em 06 de agosto de 2010
O consumo de produtos de animais clonados ainda é cercado de polêmica. Na União Europeia, por exemplo, é proibido distribuir derivados de animais modificados geneticamente, salvo com autorização especial, já que haveria dúvidas sobre a qualidade dos alimentos com essa procedência.
Recentemente, o Reino Unido está passando por um problema relacionado a isso: um pecuarista assumiu que comercializou leite de vacas clonadas. A Food Standards Agency (FSA, órgão responsável pelo controle alimentar no país) está investigando o caso.
A própria FSA admite que não há evidências de que produtos de animais clonados causem danos à saúde, mas, ainda assim, os considera como “alimentos com reservas”, precisando de autorização para serem vendidos.
Segundo a investigação da agência sobre o caso, pelo menos uma vaca, chamada Dundee Paratrooper, gerada a partir de embriões colhidos de um clone, foi abatida e teve a carne distribuída normalmente no Reino Unido. Uma outra na mesma situação, batizada de Dundee Perfect, chegou a ser abatida, mas a venda da carne foi impedida.
Há ainda a suspeita de que uma terceira vaca, essa chamada de (adivinhe) Dundee Paradise, possa estar sendo utilizada para a produção de leite junto a vacas “normais”.
Quem produz carne ou leite a partir de clones ou descendentes só pode comercializá-los após aprovação da FDA. A multa para quem não cumprir a norma pode chegar a 5 mil libras (cerca de 14 mil reais).
O maior problema para a fiscalização é que não existe restrição à importação de sêmen, inclusive originários de países que permitem a clonagem. Isso que faz com que qualquer vaca possa ser fecundada com material de um clone e seus derivados sejam distribuídos normalmente aos consumidores sem que ninguém saiba.
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Fontes:
Ingleses apuram venda de leite de vacas clonadas
Comissão Europeia diz que leite de vacas clonadas não traz riscos à saúde
Britânicos já comeram carne de vaca clonada. Chamava-se Dundee Paratrooper
Realmente, o consumo de alimentos dessa natureza deve ser estudado mais a fundo até que haja total liberação (ou não) da comercialização nas lojas e mercados por aí. É muito cedo para sabermos se em longo prazo não poderá a gerar algum efeito colateral que não temos conhecimento hoje.
Acho importante a fiscalização severa agora, que ainda podemos rastrear e saber quais animais são provenientes de tal pratica. A meu ver, se não houver um controle rígido imediatamente a situação poderá sair de controle, produtores de animais podem adotar a pratica de forma sigilosa (para aumentar a produtividade e qualidade dos produtos) e não saberemos se o alimento que estamos consumindo é de origem natural ou modificada geneticamente.
Hoje em dia mesmo podemos estar consumindo frutas, verduras e outros alimentos vegetais geneticamente melhorados sem termos conhecimento de sua origem, da mesma forma que não sabemos que agrotóxicos e químicos o alimento teve contato durante seu cultivo, ou até mesmo para durar mais. Será que o homem não poderá adotar a pratica com as carnes também?
Forte abraço a todos!