Publicado em 14 de setembro de 2010
Será que as emoções influenciam na nossa capacidade de seguir dietas? Com base em pesquisas recentes, especialistas afirmam que até o modo como pensamos em comida pode ser decisivo na perda de peso. O mais engraçado é que o otimismo e o bom humor não necessariamente ajudam nesse processo e podem, inclusive, se tornar barreiras ao sucesso do regime.
De acordo com uma pesquisa publicada no BioMed Central, pessoas muito otimistas e independentes têm maior dificuldade em aceitar críticas dos profissionais e mudar seus hábitos alimentares eficazmente (embora consigam se manter fiéis aos novos hábitos saudáveis que adquirem por um período maior de tempo). Já as pessoas mais estressadas e preocupadas em emagrecer, tendem a seguir mais rigorosamente os conselhos de psicólogos e as dietas sugeridas por nutricionistas.
A psicóloga Judith Beck sugere em seu livro “Pense magro” que a maneira de pensarmos nos induz a comportamentos que podem beneficiar ou sabotar nossa dieta. Por exemplo: Todos nós temos dias em que nos sentimos muito tristes, certo? Se você pensa “gordo”, vai logo descontar esse sentimento num pacote de biscoitos ou batata chips, mas se você pensa “magro”, se sente chateado demais para comer e perde o apetite. Quem se compromete a perder peso precisa, portanto, prestar atenção em como pensa e controlar a ansiedade e as atitudes que se têm quando a comida está bem a sua frente.
Em algumas situações, as pessoas perdem o controle de suas emoções e da forma como a comida é pensada em suas vidas. Ao invés de ser uma fonte de nutrientes necessários para o funcionamento do corpo, a refeição passa ser uma forma de compensação por sentimentos ruins e se torna a única fonte de prazer na vida delas. Em entrevista para o portal Terra, o gastroenterologista José Carlos Pareja ressalta a importância de um trabalho multidisciplinar para quem quer reduzir as medidas, incluindo nutricionistas, endocrinologistas, psicólogos ou psiquiatras e, em alguns casos, cirurgiões gástricos.
Pareja ainda explica que a ligação entre os sentimentos e a obesidade pode ser evidenciada quando observamos casos de pessoas que emagreceram muito em um curto período de tempo. Como não estão acostumadas com a nova forma, muitas delas continuam com a impressão de que não vão passar por um vão mais estreito ou que roupas de tamanhos menores não vão servir. Ele classifica esse tipo de paciente como “gordo emagrecido” e com isso justifica a necessidade do acompanhamento de psicólogos e/ou psiquiatras para quem passa por cirurgias de redução de estômago, por exemplo.
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Fontes:
Otimismo em excesso pode sabotar sua dieta
Ser gordo ou magro começa pela mente
Emoções podem, sim, pesar na balança
Adorei esse negócio de "Pense Gordo" e "Pense Magro". Eu me senti um verdadeiro filósofo porque penso das duas maneiras: Quando estou muito triste eu quero me entupir de comida, mas meu pensamento gordo sempre vai rapidamente embora qndo eu chego diante do pacote de bolacha e decido que não vou comer nada só de raiva.
É… nem eu entendo essa minha auto-punição. xD