Publicado em 23 de maio de 2011
Você é um orgulhoso geek que faz questão de exibir, todo pimpão, seus modernos gadgets para sentir o prazer de gerar uma inveja mortal nos pobres seres analógicos? E você se sente a mais inteligente das pessoas ao fazer isso? Lamento, caro amigo nerd, mas tem gente que acha que você é, na verdade, um tanto “limitadinho”…
Essa história começou com o livro When gadgets betray us (algo como “Quando os gadgets nos traem”), do jornalista Robert Vamosi. Segundo ele, o uso cada vez maior de computadores, celulares e demais apetrechos tecnológicos afetam diretamente nossa capacidade de raciocinar. Um dos exemplos citados é o de uma inglesa que estava tão concentrada em acompanhar o GPS que só notou que estacionara o carro sobre uma linha de trem quando seu carro foi esmagado (por sorte, ela já havia saído do veículo).
Tudo bem que esse foi um caso extremo, mas mesmo em tarefas simples do dia-a-dia podemos notar a influência dos gadgets. A memorização de números de telefone, por exemplo, está sendo deixada de lado graças às agendas dos celulares. Alguns especialistas acreditam que, por não precisar mais decorar telefones, essa capacidade pode “desaparecer” do cérebro das novas gerações. Outras situações também podem ser citadas, como fazer contas de cabeça (hoje em dia, tem gente que usa a calculadora até para conferir pequenos trocos) e lembrar de datas importantes (afinal, é mais seguro registrar o aniversário de casamento na agenda do computador do que contar com a memória e acabar apanhando da esposa).
Apesar de possivelmente haver alguns exageros na afirmação de Robert Vamosi, não dá pra negar que muitas pessoas estão literalmente viciadas em internet. A Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, calcula que 6% dos internautas têm grande risco de se tornarem compulsivos no uso da Web, passando a depender da tecnologia para as coisas mais simples. A questão é tão séria que há instituições dedicadas a “desintoxicar” quem exagera no uso da grande rede. Um exemplo é a reSTART (Internet Addiction Recovery Program – “programa de recuperação de viciados em internet”), que adaptou os passos utilizados pelos Alcoólicos Anônimos para ajudar quem não consegue largar a vida online.
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Fonte:
Dependentes de gadgets, usuários se esquecem de coisas simples e raciocinam menos
Na parte de aniversário concordo que não consigo lembrar de todos sem ver nas paginas sociais, mas tenho uma grande facilidade em decorar numeros de telefone e por isso nem olho no Telefone Celular. Mas não podemos ficar dependendo 100% da tecnologia, porque quando ela falhar iremos ficar desesperados.
Mas para contas ainda confio no meu cérebro.
A tecnologia me emburreceu… antigamente eu sabia o telefone de todos em minha família e de um monte de amigos, mas hoje em dia não sei nem mais o meu. :-(
Quem ainda sabe escrever com caneta? Eu só escrevo com letra de forma, fiquei totalmente dependente do computador.
Eu também!
Minha letra piorou com o tempo e hoje malmente consigo escrever meu nome. O resto, só digitando mesmo.
Concordo com a história da letra… e o que se tem observado é que crianças pequenas estão tendo dificuldades em aprender a escrever manualmente, já que estão sendo alfabetizadas mais cedo pelo uso do computador, só sabem digitar. Isso piora o controle motricional fino, o que é preocupante para profissões no futuro (principalmente medicina cirúrgica!)
Mas eu ia comentar (que pelo jeito todo mundo deixou passar) o Horrível nome do programa de reabilitação: reSTART… eu não entraria!
hhehe
Eu estou com esse problema de grafia. Até pra assinar meu nome, percebi que o mesmo saiu diferente, pois há tempos uso cartões com chip e nem pra isso eu dependo da assinatura (cheque foi pro espaço há muito tempo). Tudo o que escrevo, seja pessoal ou trabalho, é no teclado. Acho que vou comprar aqueles caderninhos de caligrafia…
Na parte de cálculo, ainda mando bem. Em minhas compras vou somando tudo de cabeça e falo o resultado sempre antes da funcionária do caixa somar. Só pra ela ficar impressionada com esse gordo que vos comenta…rs
Acredito que tudo seja questão de prioridade, sei sim que tecnologia engorda. #papodegordo rs
Boa reflexão, hoje em dia ninguem se motiva a pegar um livro para pesquisar, de gravar um número de telefone, compromisso ou até mesmo de lembrar do nome de alguem, tudo está on-hands. Certa vez, filosofando sobre o meu trabalho (designer de interface, aquele que deveria facilitar a vida do usuário enquanto usa seus eletrônicos e afins), cheguei na conclusão que "o mau design entristece, mas o bom design emburrece", pois tudo se torna fácil ao ponto de ninguem querer mais pensar ou aprender. Estamos encaminhando para uma desevolução da espécie, de homo sapiens sapiens para homo objectus.
Putz, olha…eu uso bastante a tecnologia, mas ainda faço coisas como antigamente. Só faço anotações no caderno quando estou na faculdade… Contas eu faço de cabeça quando não preciso de calculadora e telefone eu realmente só sei o meu e o da minha casa. O resto tem a agenda do celular mesmo. HAHAHAHAHA
A tecnologia não deixa mais burro, mas arruma mais espaço na memória para outras coisas. O problema é que nesse espaço preenchemos com bobagem. LOL HAHAHAHAH
PS: Só sei escrever com letra de forma hoje em dia… minha letra normal(qual o nome disso?) é feia demais.
Houve um tempo em que me gabava de saber o telefone de todos os meus amigos!
Não tem jeito, o uso da agenda nos celulares deixou a gente mal acostumado mesmo…
O nome desse tipo de grafia é : "letra cursiva"
Concordo com a matéria.
@Gustavopereira O problema é "confiar em demasia" nos gadgets! Diferente da nossa memória um gadget pode falhar, seja por defeito ou bateria, fazendo de nós cada vez mais menos do que éramos.
Galera, por exemplo, o pessoal dos trinta anos ou mais aqui lembra como era fácil escrever no caderno em tempos de escola. Quem aqui não se recorda dos textos intermináveis que tínhamos que copiar? Tente hoje fazer o mesmo??? Vai perceber que sua capacidade esta lentamente se atrofiando!
Chateada…mas é verdade :P A tecnologia me emburreceu muito. E também confiamos demais em coisas não confiáveis. Acabei de voltar de férias e levamos um smartphone com várias dicas, endereços, anotações…e no segundo dia o danado MORREU. Conseguimos um novo mas babau informações que antes eu levava anotadas,impressas, etc. Tecnoburrice !