Publicado em 25 de outubro de 2011
Ele é gordo, feio, verde, mal-educado e todo mundo gosta: Shrek, o ogro que virou o apelido de todos os gordos que agem como… bem, que agem como ogros, ora bolas. O cara é tão “representativo” do universo gordo que facilmente alcançou o quinto lugar na lista dos maiores gordos das animações.
Tudo começou em 1990, quando o escritor norte-americano William Steig lançou um livro infantil no estilo clássico, com versinhos bobinhos e todo ilustrado, sobre um ogro bizarro chamado Shrek (oh!). O livro, por sinal, não tem absolutamente nada a ver com o filme. O protagonista tem um visual um tanto diferente, não há participações de personagens de outros contos de fadas e a princesa ogra com quem ele casa nunca foi humana. Até aparece um burro, mas só em duas páginas. Na prática, essa foi apenas uma inspiração leve para o filme, mas ajudou o autor a ganhar um troco razoável, creio eu.
O grande público só conheceu Shrek mesmo em 2001, com o lançamento do primeiro filme. Na esteira dos sucessos computadorizados da Pixar, sua rival DreamWorks deu um tiro certeiro após a tentativa não muito bem sucedida de FormiguinhaZ. Não apenas inovou no gênero (a quantidade monstruosa – sem trocadilhos – de contos de fadas “deturpados” que existe hoje em dia é consequência do sucesso de Shrek) como ainda ganhou em 2002 o recém-criado Oscar para longa metragens de animação.
Outra novidade popularizada pelo primeiro Shrek foi o uso de referências indiscriminadas de cultura pop, incluindo músicas e cenas de filmes. Tudo coroado com o final, que, na época, foi algo surpreendente: o monstro não se tornou belo; na verdade, a mocinha que virou uma ogra. E isso foi um final feliz!
Shrek é, de longe, o maior sucesso da DreamWorks. O que mais chega perto dele é o filme Kung Fu Panda e, talvez, os pinguins malucos de Madagascar. Mas, ainda assim, eles não se comparam em termos de merchandisign com o ogro, que ganhou três continuações, vários curtas, um spin-off (o vindouro filme solo do Gato de Botas), dez jogos de videogame (de qualidade discutível, mas vá lá) e um musical da Broadway!
Sim! Um musical da Broadway! Que, se não bastasse, deve pintar por São Paulo em abril de 2012! Não quero nem imaginar quem vai vestir a roupa do burro…
Voltando aos filmes… Shrek 2 foi o maior sucesso comercial da série, com a maior bilheteria da DreamWorks até hoje. Ele incrementou a trama e deu mais espaço para os divertidos personagens secundários. O terceiro filme não existe. Não adianta falar o contrário nem mostrar provas: Ele não existe! Já o quarto filme, fechou a série com uma história de realidade alternativa que nos brindou com o Gato de Botas gordo, já comentado no post sobre os maiores gordos do cinema.
Shrek é tão importante para a cultura pop hoje em dia que foi até contemplado com um episódio do Papo de Gordo dedicado exclusivamente a ele! Tá, isso não é um argumento tão bom. Mas, que tal o fato de que a ovelha mais famosa da Nova Zelândia ganhou seu nome por fugir implacavelmente dos tosqueadores? Pensando bem, deixa pra lá.
O fato é que, hoje, Shrek é reconhecidamente um dos mais importantes personagens do cinema e um ótimo apelido para todos os gordos porcos que chafurdam em farelos de biscoito e soltam arrotos desenfreados por aí. Com a grande vantagem de que, se sua namorada/esposa/congênere lhe chamar de Shrek, você pode imediatamente afirmar que concorda com o nome, afinal, está ao lado da Fiona…
—–
Para conhecer melhor o personagem:
![]() Shrek! (o livro que deu origem – mais ou menos – ao filme) |
![]() Shrek – edição especial (como o nome indica, uma edição especial do filme Shrek) |
![]() Shrek 2 – edição especial (adivinha só: uma edição especial do segundo filme…) |
—–
Clique aqui e confira todas as matérias sobre os 50 maiores gordos das animações
[…] Homer Simpson 2 – Fred Flintstone 3 – Peter Griffin 4 – Eric Cartman 5 – Shrek 6 – Russell (Up – Altas Aventuras) 7 – Pumba (O Rei Leão) 8 – Senhor […]