Publicado em 29 de outubro de 2011
Quando fizemos a lista dos maiores gordos das animações, era praticamente certo que o primeiro lugar se confirmaria como sendo de Homer Simpson. Afinal, o patriarca da família amarela mais famosa do mundo volta e meia fica no topo (ou quase) de qualquer lista em que esteja relacionado.
Não é pra menos: Homer consegue reunir em um único personagem vários estereótipos com os quais as pessoas conseguem se identificar. Claro que não estamos chamando ninguém de gordo e burro (ao menos não estamos chamando a maioria…), mas as situações pelas quais o fã número 1 dos donuts passa, sua filosofia de vida, suas dúvidas existenciais, enfim, tudo que o define, é reflexo do que a humanidade está se tornando nos dias de hoje. Nada promissor…
Claro que, quando Matt Groening criou Homer e sua família disfuncional, não estava pensando em uma elaborada tese sobre as falhas do ser humano enquanto pessoa. Na verdade, os Simpsons surgiram apenas porque ele não queria perder os direitos de outro personagem que criara antes, um coelho bizarro da série de tirinhas Life in Hell. É que os produtores do programa de TV The Tracey Ullman Show queriam que Groening fizesse esquetes animadas que apareceriam nos intervalos e, para não abrir mão do que ele considerava seu personagem mais promissor, ele rascunhou na hora uma família esquisita (e um tanto mal desenhada), que ganhou os nomes de seus próprios familiares (seu pai se chama Homer). Só Bart não ficou sendo Matt porque ele achou que seria um pouquinho demais dar o próprio nome ao pestinha…
As esquetes fizeram sucesso, eles ganharam uma série própria em dezembro de 1989 e ganham novas temporadas ininterruptamente desde então. Bom resumo, né?
Os Simpsons inicialmente se focava mais nas aventuras do jovem Bart, que era adorado pela criançada, apesar do desenho originalmente ser voltado para os adultos. Alguns anos depois, Homer tomou o lugar do filho como personagem favorito e principal protagonista da série. Mais de vinte anos seguidos na TV também fizeram sua personalidade se modificar aos poucos. No início, ele era mais violento e não tão tapado. Dependendo da temporada, ele era mais amoroso com a familia (embora sempre tente estrangular Bart) ou agia de forma nonsense. E, principalmente, foi ficando cada vez mais burro, chegando às raias da estupidez extrema em alguns episódios.
Mas a principal característica que o levou ao topo da lista de maiores gordos das animações é sua capacidade de comer que nem um porco. Além de suas amadas rosquinhas, já tivemos a chance de ver Homer se empanturrar de sanduíches de uma lanchonete em alto-mar depois de passar vários dias vagando pelo oceano com fome; comer com tristeza no coração (e alegria no estômago) sua lagosta de estimação que, sem querer, colocou em um derradeiro banho quente; e até fazendo uma espécie de sanduíche de panqueca com um tablete inteiro de manteiga (ou algo do tipo, extremamente calórico e assassino).
Seu apetite o levou a ter várias pontes de safena, obesidade mórbida e até restrições alimentares por questões de saúde, coisas que ele facilmente resolvia simplesmente ignorando os problemas e continuando a comer. Igual a qualquer gordo inconsequente que se preze. Isso, somado a sua preguiça natural, o torna um dos principais representantes mundiais dos gordos de raiz. Claro que só pode seguir seu exemplo quem também for imune à morte por ataque cardíaco. Infelizmente, não é seu caso, querido leitor.
São vários prêmios, homenagens, DVDs, bonequinhos e diversos produtos derivados que geram milhões e milhões de dólares para Matt Groening. A marca Os Simpsons é uma das mais rentáveis da TV e gerou dezenas de animações “inspiradas” (embora ela própria tenha sido inspirada em Os Flintstones, o que, é bom dizer, não é demérito algum). A despeito de acusações de queda de qualidade no roteiro das temporadas mais recentes, não podemos negar que essa série é uma das mais influentes representantes da cultura pop até hoje. E não dá sinais de que vai parar tão cedo.
É tanta coisa que pode ser dita sobre Homer Simpson que teremos amanhã um episódio especial do podcast Papo de Gordo dedicado exclusivamente a ele. Mas não posso contar porque é surpres… D’oh!
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Para conhecer melhor o personagem:
Os Simpsons e a filosofia (livro bem interessante que analisa “filosoficamente” a série) |
Os Simpsons: Clássicos (seleção interessante de episódios dos Simpsons) |
Os Simpsons: o filme (o primeiro longa-metragem da série – vale a pena conferir) |
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