Publicado em 20 de dezembro de 2011
Vivemos em uma sociedade onde não é fácil estar de acordo com o padrão estético imposto pela mídia. Somos bombardeados constantemente com notícias e propagandas de comidas super calóricas e saborosas ao mesmo tempo em que somos pressionados a cultuar e buscar por um corpo magro. Vivemos uma missão quase impossível.
A influência das pessoas sob o que achamos bonito é incontestável. Na infância, são os nossos pais que nos ensinam como devemos nos vestir, nos alimentar e como devemos agir. À medida que nos desenvolvemos, os amigos e outros grupos sociais, incluindo nossos ídolos e demais pessoas famosas, começam a influenciar nossos padrões e assim formamos nossas opiniões e formas de agir ao longo da vida.
O padrão geralmente vem das “grandes estrelas”, sempre tão felizes e bem sucedidas nas telas. Porém, não necessariamente elas alcançam, sem sofrimento, o que seria chamado de perfeição. A atriz Jessica Biel, em entrevista para a BBC One, no programa de Graham Norton, relata não ser fácil manter a forma e não poder comer tudo o que gostaria: “Você fica meses e meses se exercitando e fazendo dietas malucas. É a coisa mais difícil. Você fica linda, mas está miserável”, disse a atriz. É preciso considerar a real necessidade de abrir mão da felicidade pelo corpo desejado. Seria mesmo essa a única solução?
Conhecida por seus altos e baixos, a cantora Britney Spears também teve seus dias de infelicidade por conta de dietas restritivas. Cansada de treinos pesados e cardápios restritos, Britney demitiu seu personal trainer, o requisitado Derek DeGrazio, contratado para deixá-la em forma para sua última turnê, Femme Fatale. Como o próprio Papo de Gordo já mostrou, estudos demonstram que fazer dietas restritivas influencia no seu humor.
Até que ponto a pressão para ter um corpo sempre perfeito e não poder se alimentar de maneira balanceada não é uma influência em toda a oscilação de humor de Britney, que vive desde pequena nesse contexto?
Existe mesmo uma real necessidade de tamanho sofrimento devido às restrições alimentares em excesso e a gigantesca cobrança social em ser perfeita para alcançar as medidas que a mídia insiste em impor como únicas e perfeitas? Sabemos que as famosas (e famosos) passam por isso e sabemos também que não é caso somente de quem vive de sua imagem. É mesmo necessário viver de tal forma para ser sadio e possuir um corpo também sadio? Estudos nutricionais mostram que dietas balanceadas, contendo todos os grupos alimentares (carboidratos, proteínas, vegetais, açúcares e etc.), são a forma mais indicada de se alcançar saúde: sem restrições malucas e sofríveis.
Além do sofrimento por deixar totalmente de ter acesso a alimentos prazerosos, existe ainda a forte pressão em se perder peso e alcançar ou manter o que seria o “peso ideal”. O tempo todo as pessoas são lembradas que, para ser felizes e bem sucedidas, precisam ser magras. O Papo de Gordo está aí para provar que essa não é uma verdade única. É possível ter uma alimentação saudável, praticar exercícios e ser feliz com suas curvas. A modelo Pluz Size Fluvia Lacerda é uma prova disso.
Somos diferentes demais para apenas um tipo de corpo ser considerado bonito. Temos opções alimentares demais para seguirmos apenas uma dieta. É importante respeitar sua individualidade como um todo, inclusive suas emoções, mas sempre com saúde, e isso envolve também a alimentação.
Se alimentar de forma sofrível para alcançar um corpo que não necessariamente (e provavelmente) seja a fonte da felicidade eterna, pode não ser saudável para você de uma forma muito mais abrangente do que se tratar apenas de quantidade de massa gorda e massa magra. Ser feliz é muito mais do que isso.
Muito bom Lari!!!
Lembrei de uma situação que aconteceu comigo: tive um namorado que é desenhista, e ele me declarou que eu era uma musa renascentista, e que tal estilo de pintura era a sua favorita! Desde então percebi que existem apreciadores de todos os tipos de beleza, e que padroniza-la não é o caminho!!!!
Tá, eu confesso! Só cliquei no post por causa das fotos de mulher gostosa, mas convenhamos, essa gordinha dá um caldo substancioso (eu comia).
Texto bem legal, parabéns, Lari.
Caro doutor Tapioca, sua mulher lê este blog? usausauhsauhsauhsa
Claro que não e espero que continue assim :-)
Vou precisar falar de questões de gênero e a velha mania dos homens em tratar as mulheres como objeto? kkkkkkkkk
Gostei do texto (e da foto da gordinha sexy também…rs)
Fui gordo a minha vida inteira… Quando era mais novo eu buscava me enquadrar nesse tal estereótipo perfeito que a mídia dita (sem sucesso), mas hoje penso mais em ser saudável o que não quer dizer necessariamente ser magro. O mesmo vale para as gordinhas e magrinhas por aí…
Adorei o texto, e a crítica que faz aos fatos!
muito bem escrito,parabéns…
Amei o texto é nisso que , eu sempre falo, não porque ou gorda que não sou feliz. Tanto magro e gordo tem que se respeitar sempre, e nunca deixar de cuidar da saúde.