BBB GGG

Lucio Luiz
@lucioluiz

Publicado em 18 de janeiro de 2012

Gordo de Raiz, por Lucio Luiz

Ontem, a gordinha yeah yeah Analice foi eliminada do Big Brother Brasil. Foi a primeira vez que uma representante dos orgulhosos adiposos saiu na primeira semana do programa. Não é que tenhamos lá muitos representantes dos fofinhos no BBB (apenas cinco ou seis em doze edições, se não me falha a memória), o que só complica a estatística.

Considerando que é óbvio que jamais teremos um Big Brother só com gordinhos, nada impede que o Papo de Gordo um dia se torne uma megapotência midiática e crie seu próprio reality show plus size. Pensando bem, é mais provável ter um Big Brother só com anões vesgos ruivos patrocinado pelo PH Santos, mas vamos ser otimistas e imaginar como seria o BBB GGG

Pra começar, a casa até poderia ser no mesmo padrão da atual, mas sem escadas. Definitivamente, sem escadas. Para chegar ao segundo andar, teríamos elevadores, por exemplo. Pensando bem, melhor nem ter segundo andar. De resto, não tem muito o que mexer, talvez apenas colocar umas camas mais reforçadas (vai que um casal de gordinhos resolve partir pro vuco-vuco?) e uma cozinha mais ampla, com duas geladeiras bem servidas.

Se do lado de dentro tudo está OK, o quintal da casa teria que sofrer mudanças radicais. A academia vai embora, naturalmente. Seria substituída por uma lanchonete fast-food de autosserviço. Um ou dois patrocinadores resolveriam essa situação com facilidade. Claro que seria bom ter um horário limite de uso, ou algum participante fatalmente ficaria deitado embaixo da máquina de sorvete jogando um mix de creme e chocolate garganta abaixo o dia todo. Não que tenha algum problema com isso…

A piscina é bem-vinda, claro, mas teria que ser quentinha. Nada deixa um gordinho mais feliz que ficar cozinhando dentro de uma piscininha térmica. Se tiver um bar molhado recheado de guloseimas, melhor ainda. Claro que daria um tanto de trabalho ficar catando migalha de sanduíche da água, mas isso pode ser uma prova de líder, quem sabe?

Por falar em prova do lider, poderíamos ter concursos de comer cachorro-quente ou lançamento de pizzas à distância (um concorrente jogaria um disco de calabresa ou marguerita para outro e o primeiro que não resistisse e comesse, perdia; seria uma prova bem rápida). O novo líder ganharia um quarto especial, mas, aos invés de poder ver um filminho muquirana, teria direito a um jantar especial feito pelos melhores chefs do país.

Quanto à disputa, nem precisaria ter paredão com voto do público. Com tanta comida nada saudável disponível, cada ataque cardíaco ou crise coronária certamente eliminaria um participante por semana. Quem sobrevivesse até o final, ganharia um milhão de reais em ticket alimentação.

O mais importante, porém, não seria a comilança desenfreada nem a… bom, só tem comilança desenfreada. O que motivaria as pessoas a se inscreverem seria a regra que garante o direito de dar uma barrigada no Pedro Bial sempre que ele começar com um discurso poético-filosófico. O único pré-requisito, claro, é usar filtro solar.

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