Publicado em 26 de outubro de 2012
Já é lugar-comum associar obesidade e dificuldade para engravidar. Porém, uma pesquisa realizada pela Faculdade de Medicina Penn State, nos Estados Unidos, indica que essa relação não é tão direta quanto se pensava.
Durante dois anos, os cientistas acompanharam 29 mulheres com obesidade mórbida que passaram por cirurgia de redução de estômago, todas em idade fértil. Foram feitos diversos exames antes e depois da cirurgia e foi constatado que as taxas e a qualidade da ovulação, além do ciclo do ovário, não sofreram alterações depois da perda de peso.
A única mudança que aconteceu foi um encurtamento da fase folicular (que vai do primeiro dia do fim do período menstrual até começar a ovulação). A redução foi de oito a nove dias de duração, uma diferença que, sozinha, não explicaria sobre eventuais dificuldades para engravidar, já que essa fase pode variar de 7 a 40 dias dependendo da mulher.
Contudo, os cientistas perceberam através de questionários que, após o emagrecimento, houve uma melhoria considerável na vida sexual das pacientes. Todas relataram aumento no desejo e na excitação, o que pode levar a um aumento na frequência de atividade sexual.
Com base nisso, os pesquisadores acreditam que a dificuldade para engravidar das mulheres acima do peso não seria por causa da obesidade do ponto de vista “orgânico”, mas porque essa condição poderia levá-las a um menor desejo sexual, que redunda em menos relações sexuais e, consequentemente, uma menor probabilidade de engravidar.
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Fonte:
Perda de peso pode não melhorar fertilidade, diz estudo
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