Publicado em 02 de junho de 2017
Vamos falar de Sense8?
A notícia do cancelamento da série gerou tantas manifestações diferentes que até agora estou tentando entender algumas delas. Vale destacar que só assisti a primeira temporada e o episódio especial de Natal até agora, então todos os meus comentários aqui se baseiam apenas neles.
Tive uma certa dificuldade em gostar de Sense8 de início. A série demorou a engrenar a meu ver. Os primeiros quatro episódios são arrastados e não me deixavam com vontade alguma de continuar assistindo. Só persisti na tarefa porque vi muitos amigos elogiando… e ainda bem que fiz isso, porque em um dado momento a temporada engrena e a história anda de um jeito muito legal.
Todo o trabalho de apresentação dos personagens que me deixou de saco cheio no início, serviu para fazer com que eu criasse um elo com eles e passasse a me importar verdadeiramente com cada um, mesmo que não me identificasse com nenhum especificamente.
Acho inclusive que isso é um detalhe bem legal da série. A gente passar a gostar de características de cada personagem, então nos apaixonamos pelo grupo como um todo e não por apenas uma pessoa. Dependendo do quanto você se permite envolver na trama, talvez até mesmo consiga se sentir um dos Sense8.
Nunca achei a série panfletária, lacradora ou qualquer que seja o termo da moda pra isso. Sim, o seriado tem personagens gays, transexuais, negros, latinos, criminosos, mulheres fortes e tudo o mais que poderia entrar numa agenda inclusiva, mas a história não é sobre isso.
É óbvio que quando você é gay, transexual, negro, latino, criminoso ou mulher que vive em nossa sociedade, passou por coisas que ajudam a definir o seu caráter e personalidade, mas a meu ver isso sempre foi usado em nome da história e não ao contrário.
Um episódio não parava no meio para fazer discurso de empoderamento feminino, mas sim mostrava uma mulher forte enfrentando seus medos, descendo porrada em todo mundo e ainda ajudando seus amigos a sair de situações extremamente complicadas.
A série não interrompe sua história para defender os direitos dos transexuais, mas sim mostra uma personagem sendo internada contra a sua vontade para passar por um tratamento absurdo usando como justificativa pra isso o fato dela ser transexual.
Até entenderia quem acha Sense8 uma série panfletária se essa mesma pessoa também acreditasse que Star Trek Voyager é lacradora por ter uma mulher como capitã da Enterprise. Neste caso o problema estaria na minha definição do que é algo panfletário e lacrador e não nos seriados em si.
Infelizmente já fiquei sabendo que a história da série fica em aberto na segunda temporada, mas gosto tanto desses personagens que não estou pronto para me despedir deles ainda. Assistirei aos últimos episódios para pelo menos poder viver um pouco mais daquele mundo antes do seu fim precoce.
Sense 8 morreu. Longa vida à Sense 8.
ola, boa tarde, concordo com vc em genero numero e grau a respeito da serie sense8, sobre os primeiros episódios etc…estou muito triste com o termino da serie sem maiores explicações, gostaria de saber uma forma de manifestar isso junto a netflix p quem sabe podermos obter uma resposta mais convincente!!!
A serie é intrigante, e retrata muito bem a nossa realidade, nossos conflitos e sem contar sobre o “homosensorium”, e o envolvimento dos grupos! EU amei de paixão!!!