Publicado em 04 de agosto de 2017
A cerveja tem uma longa história que teve origem há cerca de 9 mil anos na região da Suméria. Foi o cultivo da cevada que estabeleceu os primeiros assentamentos da civilização na região da Mesopotâmia. Já no Egito a bebida foi utilizada como forma de pagamento para trabalhadores e era usada como alimento, pois para eles a cerveja era considerada como um pão líquido.
Pouco antes do início do cristianismo, os povos germanos conheceram a cerveja. Até então, só se tomava hidromel, bebida alcoólica obtida pela fermentação do mel. Nessa época, a cerveja só era consumida pelos pobres, pois os ricos preferiam o vinho.
No século V, época da crise do império Romano, só os monges se preocuparam em preservar a cultura escrita e, claro, a receita da cerveja fazia parte desse conhecimento guardado a sete chaves. Foi a partir daí que os mosteiros se transformaram em grandes produtores de cervejas durante toda a idade Média.
Novos ingredientes
O rei flamengo Gambrinus, no século XII, foi quem adicionou pela primeira vez o lúpulo à receita, tornando um ingrediente essencial. Em 1363, a Alemanha produziu a primeira cerveja de trigo: a Franziskaner. O país passou assim a ser o maior centro produtivo desse líquido precioso no mundo.
Evolução
Em 1516, o duque Guilherme IV da Baviera decretou a lei da Pureza onde a cevada, o lúpulo, o fermento e a água seriam os únicos ingredientes utilizados na fabricação da cerveja.
No século XVIII, foi criada a cerveja pale ale (coloração “pálida”) que não utilizar malte torrado em sua fabricação.
Demorou até 1759 para que fosse criada a marca irlandesa de cerveja Guinness. E só em 1810, foi celebrada a primeira Oktoberfest, na cidade de Munique (Alemanha) – graças à comemoração do casamento do rei Luís I da Baviera com a princesa Tereza da Saxônia.
Um novo tipo de fermento, o lager, foi descoberto em 1835. Ele se desenvolve no fundo dos tanques de fermentação e, por isso, este tipo de fermentação passou a ser denominado botton fermentation, ou “baixa fermentação”. A partir daí, em 1842, surge na cidade de Pilsen (República Tcheca) uma cerveja lager mais clara denominada “pilsen”, ou “pilsener”.
Em 1864 a 1890, muita coisa aconteceu. Gerard Adriaan Heineken fundou, em Amsterdã (Holanda), a cervejaria Heineken; foi lançada, nos Estados Unidos, a Budweiser; e a Erding começou a produzir cervejas de trigo na Alemanha. Para completar, o suíço Joseph Villiger fundou a Manufactura de Cerveja Brahma Villiger & Companhia e Enrique María Barretto de Ycaza inaugurou a fábrica de cerveja San Miguel nas Filipinas.
Começa a paixão nacional
A cerveja demorou a chegar aqui no Brasil. Isso só aconteceu com a chegada da família real, em 1808. Nessa época, os portugueses priorizavam a comercialização dos seus vinhos.
Só em 1853 é que o imigrante alemão Henrique Kremer fundou em Petrópolis (RJ) a primeira marca brasileira de cerveja: a Bohemia.
De 1888 a 1935, a Companhia Antarctica Paulista lançou a cerveja Antarctica e adotou pinguins em seu rotulo que se tornariam um famoso símbolo da marca.
Em 1984, a cidade de Blumenau organizou a sua primeira Oktoberfest: uma festa para celebrar as tradições alemãs dos imigrantes, entre elas a cerveja. O evento é considerado a segunda maior festa alemã do mundo.
Em 1999, as cervejarias Brahma e Antarctica se uniram para formar a Companhia de Bebidas das Américas (AmBev) e, em Campos do Jordão, quatro amigos começam a fabricar artesanalmente cerveja, imitando o sabor da marca inglesa Spitfire: era o início da cerveja Baden Baden.
Em 2001 a 2005 as cervejarias inovaram. A Schincariol lançou sua cerveja especial, a Primus, que é feita com água de fontes naturais e lúpulo de Hallertau. Surgiu a cerveja Devassa, com fabrica artesanal no Rio de Janeiro; a Bohemia lançou a cerveja de trigo de alta fermentação: Bohemia Weiss e a Bohemia Confraria uma cerveja de alta fermentação do tipo Abadia.
E foi assim que a breja se tornou um ícone da nossa cultura e é a bebida mais consumida em todo o país!
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Fonte: Cerveja/História
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