Trote universitário

Durante a Idade Média, as universidades separavam os veteranos dos calouros, que não podiam assistir aulas dentro das salas. Por razões de higiene, os calouros também tinham os cabelos cortados quando entravam nas instituições.

Mas, no século 14, essas práticas corriqueiras tomaram contornos do que hoje é chamado de trote, quando calouros de várias universidades europeias eram obrigados a beber urina, comer cocô e tinham os cabelos arrancados.

Em 1834, na Universidade de Coimbra, com o fim da polícia universitária (que zelava pelos bons costumes dos alunos), estudantes resolveram criar rituais de iniciação para os novos alunos. No decorrer do século 19, esses rituais de iniciação começaram a envolver a obrigação de cantar e dançar e até mesmo corte de cabelo.

Vários brasileiros que estudaram em Coimbra, trouxeram a novidade par ao Brasil e, por aqui, a prática do trote começou a ser difundida, com bastante cabelo cortado.

Em resumo, quando um babaca faz um trote cortando o cabelo de um calouro, ele está simplesmente emulando uma cultura milenar europeia originária da Idade Média. Cultura é isso aí.

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Momento cultural originalmente apresentado no Papo de Gordo 67 (Gordos universitários)